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  • Francisco Weyl

Bragança vai ter orgulho da Academia de Letras, afirma presidente da entidade

Atualizado: 4 de out. de 2021


Há sete meses à frente da seccional regional bragantina da ALB, o jovem Luís Henrique Brito Ferreira, 27 anos, quer dar um passo adiante na história da entidade.

Bacharel pela Faculdade de Direito da UFPA, Henrique assumiu a diretoria no dia primeiro de Outubro de 2020.

A Academia de Letras do Brasil – Seccional Bragança é vinculada a Academia de Letras do Brasil - Nacional, que tem como presidente o escritor e Prof. Dr. Mário Carabajal - Ph.D. / Ph.I.

Fundada no dia 16 de Abril de 2013, a ALB foi instalada no Município de Bragança no dia 1º de Outubro de 2013.

Nesse dia, a entidade reuniu para empossar a primeira turma de associados, cerimônia que se repetiu outras vezes, para dar posse aos neoacadêmicos.

Henrique ocupa a cadeira de N. 48 da ALB, desde o dia 14 de Dezembro de 2016, quando foi empossado, sendo o seu quarto presidente municipal.

Antes dele, vieram, pela ordem, José Ribamar Gomes De Oliveira (cadeira 1 - patrono: Dr. Reinaldo José Teixeira Gonçalves); Carlos Roberto Amorim Da Silva (cadeira 29 - patrono: Raimundo Naseaseno Ferreira); Lena Cláudia Dos Santos A. Saraiva (cadeira 34 - patrono: Simpliciano Fernandes de M. Júnior).

“Nossa organização é liberta de quaisquer vínculos míticos, místicos, religiosos, científicos e políticos”, esclarece o atual presidente da ALB.

De acordo com procedimentos e normais nacionais, a ALB conta em seus quadros com escritores e cientistas de vários segmentos religiosos como também ateus, sem quaisquer conflitos, respeitando a todos.

E por isso mesmo, os associados necessitam se colocar em uma condição supra religiosa e científica para cumprir as mais altas finalidades da organização.

O presidente da ALB em Bragança esclarece, entre as máximas de combate da ALB, está a luta contra a fome, desnutrição, a miséria, e o desemprego.

Com relação a esta temática, o presidente destaca um projeto proposto pelo acadêmico Francisco Pereira de Oliveira (cadeira 46 - patrono: Frederico Pereira de Oliveira) para distribuição de cesta básicas para pessoas carentes.

“Já encaminhamos esta proposta para alguns parceiros e empresários, entretanto, ainda não obtivemos o apoio necessário, sem falar que reconhecemos o trabalho voluntário de alguns acadêmicos que são solidários com pessoas carentes em nosso Município”, informa Henrique.

O presidente esclarece também que o descaso, o descompromisso, a improbidade administrativa, danos e desvios do patrimônio público e impostos públicos abusivos, entre outras questões, também compõem as máximas de combate da entidade, entretanto, a ALB não se pauta como um ente de enfrentamento político e sim de aconselhamento em busca do consenso democrático em prol da justiça social.



Diretoria


Além do presidente Henrique Brito, compõem a diretoria os acadêmicos Margarida Mendonça de Jesus Sousa (vice-presidente - cadeira 43 - patronese: Eunice Eulália); Jaqueline Araújo da Silva (secretária – cadeira 45 - patrono: João da Cruz Pacheco); Maria José Correia Reis (tesoureira – cadeira 38 - patrono: Antônio da Silva Pereira).

A ALB, segundo seu presidente municipal, relaciona-se com os segmentos culturais, profissionais, científicos e religiosos, sob óptica da liberdade de escolha e expressão, ainda que não comungue do pensamento e a escrita de alguns associados.

“Não adotamos nenhum outro pré-requisito para o ingresso na Academia, senão o de ser uma pessoa devota à ciência, à cultura, e ao desenvolvimento de Bragança e do Estado do Pará, portanto, ser cristão, ateu ou cientista, não compõem as exigências da entidade”, esclarece Henrique.



Grupos de Trabalho


A ALB conta com três grupos de trabalho para executar suas ações, além da diretoria executiva.

O Conselho de Ética e Fiscal, formado pelos acadêmicos Manoel de Sousa Ramos (cadeira 19 - Patrono: Manoel Ramos de Souza); Diana Ramos (cadeira 16 – patrono Gerson Alves Guimarães); e Cleidevaldo Pereira Guimarães (cadeira 30 - patrono: Antônio Cícero Fernandes Belo).

O Conselho de Cultura, composto por Dênis Girotto de Brito (cadeira 33 - Patronese: Maria de Fátima Monteiro Ferreira) e Mariana Bordallo (cadeira 23 - Patrono: Bolívar Bordallo da Silva).

E a Comissão de editais e captação de recursos, com o acadêmico Francisco Pereira de Oliveira; e Alcilene Carla Aires da Silva (cadeira 9 – patrono: Oswaldo Newton Pacheco).

De acordo com o presidente da ALB, tanto a Comissão de captação, quanto o Conselho de Cultura são autônomos para se reunir e propor projetos à diretoria.

O Conselho de Ética e Fiscal, entretanto, são demandados a executar suas ações, conforme suas especificidades.

Mas o presidente faz questão de destacar o trabalho da atual tesoureira, Maria José Correia Reis, segundo ele, organizada e dedicada às finanças acadêmicas, cujos relatórios de contas são apresentados mensalmente aos associados.

Do mesmo modo, cita a acadêmica Alcilene Carla Aires da Silva, pelo bom apoio administrativo, fato que lhe credenciou a ser nomeada secretária-assistente da entidade.



Reuniões


Ainda em campanha pela presidência da ALB, Henrique observou que a pandemia estava a esvaziar o quórum das reuniões.

Quando o atual presidente assumiu a gestão, ele implantou a modalidade de reuniões à distância, através de plataformas online.

Esta facilidade dos recursos tecnológicos melhorou a comunicação da ALB com os seus associados, permitindo-lhes maior aproximação e participação, online.

“Isso permitiu também que alguns confrades e confreiras que habitam outros municípios pudessem participar sem necessariamente ter que se deslocar de suas cidades”, justifica o presidente da entidade.

A entidade, entretanto, já expediu mais de 100 memorandos na atual gestão, sobre diversas questões administrativas, o que demonstra o esforço de uma boa política de comunicação interna.

Com relação à comunicação interna, a diretoria nomeou o acadêmico Francisco de Assis Weyl Albuquerque Costa (cadeira 35 – Patrono Conego Ulysses de Albuquerque Pennafort), para a Assessoria de Comunicação.

“Com a presença de Weyl na comunicação, já temos um plano comunicacional, que prevê a reorganização do site, up de redes sociais, e definição de critérios para as postagens, e que eram questões que discutíamos mesmo sem um assessor”, comenta o presidente da ALB em Bragança.



Gestão


A atual gestão já fez cinco encontros para encaminha as questões administrativas da gestão, entre estas, por exemplo, um espaço físico para as reuniões.

Um expediente foi encaminhado à reitoria da UEPa, em que se solicita uma sala no Liceu de Ares de Bragança para a ALB.

Assuntos de natureza financeira também são tratados, de forma a que a entidade seja a mais transparente possível quanto à origem e o destino de suas receitas.

De acordo com o presidente Henrique, é uma fiscalização coletiva para o bom zelo da gerência do dinheiro da entidade.

Publicamos alista dos pagadores do mês, temos observado um resultado positivo, com os confrades e confreiras atentos à prestação de contas e relatórios divulgados em todas as nossas reuniões”, afirma o acadêmico.

A atual gestão, inclusive, sanou uma antiga pendência com a Receita, que era uma preocupação por conta da inscrição de projetos em editais púbicos, que são bastante exigentes quanto aos documentos em dia por parte das entidades concorrentes.

A partir disso, a ALB poderá abrir uma conta própria para a entidade e dessa forma, melhor gerir a sua política de captação de recursos.

Esta readequação acadêmica também alcança o corpo de associados, cujas categorias são: efetivos, colaboradores e beneméritos.

Hoje, existem seis processos administrativos internos de readequação de associados.

Com a notificação, os acadêmicos poderão ter seu estatuto social modificado, caso não esclareçam as razoes de ausências das atividades da ALB, assim como dos compromissos assumidos durante a posse.

Estes processos, segundo o presidente Henrique, que não por acaso é advogado, são dentro da legalidade, com o devido direito de defesa de cada um dos acadêmicos envolvidos nos processos acima citados.



Cadeiras


A ALB-Bragança é composta por 50 associados efetivos, portanto, são 50 cadeiras.

Cada uma dessas cadeiras, têm um Patrono provisório, indicado pelo próprio acadêmico, que passa a nomear a respectiva cadeira após a sua morte, assumindo, neste sentido, a condição de imortalidade.

Até a presente data, as associadas efetivas Fátima Bezerra e Socorro Braga faleceram enquanto ocupavam as cadeiras, o que não ocorreu com os acadêmicos José Severo de Souza e Nonato Silva, que morreram quando a situação social deles havia sido readequada.

De acordo com os Estatutos e o Regimento Interno da ALB, Fátima e Socorro tornaram-se imortais e patronesses permanentes de suas cadeiras, enquanto que José e Nonato, patronos provisórios das cadeiras que ocupavam.

Henrique explica que o Estatuto determina a declaração de vacância das cadeiras, convocação de concurso para preenchimento, e ocupação, apenas 60 dias, após o falecimento do acadêmico.

Até o momento, a ALB preencheu quatro vagas.

E vai abrir edital para preenchimento de duas vagas ainda restantes, assim como para cadastro de reserva.

A abertura dos editais é um processo democrático, segundo o presidente da ALB.

Os editais são publicados no site e nas redes sociais, e divulgados por diversos meios.

Henrique Brito afirma que o processo seletivo justo e adequado, para que todo cidadão bragantino participe, com direito a entrevista pessoal, além de envio de carta de intenções e currículum.

Apesar de trabalhoso e burocrático, o edital é um passo importante para a gestão e para a própria ALB, que, desta forma, rearranja seu quadro de associados, ao mesmo tempo que se organiza e se fortalece internamente.



Projetos


A ALB ainda não possui um banco de projetos, ainda que seus acadêmicos tenham boas ideias e executem eles próprios, individualmente, ações sociais e culturais, diversas.

Mas entre os projetos da entidade destaca-se a Escola de Pequenos Poetas, que valoriza a escrita e o surgimento de novos escritores.

Idealizado por José Ribamar Gomes de Oliveira, o projeto chegou a ter uma versão, no ano de 2016.

Na gestão anterior e mesmo na atual, o projeto passou por uma revisão e reformatação, entretanto, não foi mais executado, sendo esta uma tarefa necessária da diretoria e dos demais associados.

A entidade criou este ano um calendário Institucional, com referências a pontos turísticos municipais, sendo ao mesmo tempo uma forma de valorizar Bragança e também fazer caixa para a ALB.

Outro projeto, já acima citado, objetiva arrecadar recursos para distribuir cestas básicas a pessoas carentes, entretanto, a diretoria ainda busca parceiros que se sensibilizem com esta causa social.

Há ainda uma proposta de criação de um prêmio anual de literatura bragantina, que está a ser consolidada pela Comissão de Cultura.

O presidente diz desejar publicar um livro sobre a ALB em Bragança, com informação sobre os associados e os patronos de suas cadeiras, ideia original desde a primeira gestão, mas ainda não executada.

Há também interesse em publicar uma revista institucional, com periodicidade semestral.

Outra proposta são podcast sobre os patronos e patronesses das cadeiras da ALB, a partir das apresentações que os próprios associados fazem nas assembleias ordinárias, e que constituem um momento de aprendizado coletivo.

Mas até que se tornem concretas, algumas destas propostas carecem de recursos estruturais, e do empenho de grupos de trabalho.

O presidente destaca, entretanto, a necessidade de que cada acadêmico proponha um projeto coletivo, reconhecendo que alguns dos associados executam seus próprios projetos sociais e culturais.

E embora a ALB entre em recesso nos meses de Janeiro e Julho, a entidade tem desenvolvido, desde 2019, o projeto ALB vai à praia, encabeçado pelas acadêmicas Maria José, Leila Amorim, e Margarida Mendonça.

É um projeto que tem dado muito certo, de acordo com o presidente da ALB, já que valoriza a cultura, e leva a literatura bragantina para crianças, e constrói um ambiente educativo na praia de Ajuruteua, em Julho.



Geopolítica


A ALB é uma entidade nacional com representações regionais e estaduais, sendo que a entidade de Bragança do Pará é uma das mais fortes do Brasil.

Em Bragança, a ALB foi criada por José Ribamar Gomes de Oliveira, que se empenhou pessoalmente e obteve apoio de confrades para redesenhar a entidade na Região.

Assim sendo, hoje, a ALB tem uma Embaixada no Pará, que tem como presidente Carlos Roberto Amorim da Silva.

Esta Embaixada é dividida por embaixadas regionais, como a Regional Sul e Sudeste do Estado, a Regional dos Caetés, e a Embaixada Maranhense.

Além disso, tem representações, como na Região Metropolitana de Belém, Vizeu, Tracuateua, Irituia, Icoaracy, entre outras.

Apesar de não ser responsabilidade da Municipal Bragança, o presidente Henrique Brito, sempre que possível, contribui com a experiência da entidade local aos seus pares de outras localidades.

No dia 8 de Dezembro do ano passado, Bragança sediou um evento literário que reuniu diversas representações regionais.

Foi uma ação da Embaixada, com apoio da Seccional Bragança.

Henrique informa que a relação da ALB-Bragança com a ALB-Nacional é mediada por José Ribamar Gomes de Oliveira, vice-presidente nacional, hoje afastado de suas funções para tratamento de saúde.



Avaliação


De formação simples, Henrique tem sido incansável à frente da ALB, entretanto, reconhece que muito há a ser feito pela entidade de Bragança do Pará.

“Minha gestão praticamente se confunde com a pandemia, razão pela qual, apesar dos relatórios de gestão administrativa e financeira, das reuniões online, e das rotinas, como abertura do ano acadêmico, saraus virtuais, observo que a estrada é longa e nós estamos de pé firme nela”, reflete o jovem presidente.

Henrique reconhece que a AL é um coletivo, e, como tal, ela não pode seguir apenas as ideias da diretoria ou da presidência, mas sim de todos os acadêmicos, e de acordo com os objetivos institucionais.

Hoje, os acadêmicos têm a possibilidade de participar das reuniões e contribuir com a entidade, presencialmente ou de forma remota, o que amplia a chance de construção de projetos reais.

Segundo o presidente, talvez a gestão não tenha avançado tanto por causa da Covid-19, que afeta o planeta, e ele próprio sabe que não conseguiria gerir a entidade, sem o apoio da diretoria e dos acadêmicos.

“Mesmo com a pandemia, nós precisamos reestruturar toda questão administrativa, a burocracia, para, quando retornarmos, encontremos um terreno sólido, estruturado, que permita a firmeza e a segurança de nossos passos, e fazer um bom trabalho, que é o que a gente se propôs a fazer”, finaliza.




Perspectivas


O atual presidente da ALB faz questão de reconhecer o trabalho das gestões passadas.

O advogado sabe o quanto é difícil gerir uma entidade, sem recursos, sem sede, na maioria das vezes, com voluntariado, e apoio de seus pares.

Mas Henrique assumiu a presidência com o objetivo de renová-la.

Avançar, dentro das possibilidades, é o seu lema.

“Eu sempre vi a ALB como uma instituição que precisa ainda se renovar e buscar seu lugar ao sol”, desabafa o presidente.

De acordo com Henrique, onde não se tem crítica, as coisas acabam tendo dificuldade para avançar.

Com simplicidade, ele próprio admite que ainda é preciso fazer mais pela entidade.

“Precisamos mostrar ao Município e à Região o que somos enquanto entidade, porque temos uma Academia de Letras que contribui para a valorização da cultura, e para o resgate histórico de Bragança do Pará, o principal norte e objetivo da ALB deve ser esse”, sonha, com pés no chão, o jovem advogado-presidente.

Por isso mesmo, a ALB reformulou o grupo whatsapp da entidade, com as diretrizes éticas para que as comunicações oficiais sejam melhor assimiladas pelos associados.




Fonte © Ascom/ALB-Bragança do Pará

Texto: Acadêmico Francisco Weyl

(cadeira N. 45 - Patrono: Raymundo Ulysses Penafort Albuquerque / Jornalista DRT-Pa 2161)

FOTO: Arquivo



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